Algum Lugar Aonde Habita a Coisa Nenhuma.

Por Vitor Berigo | 6/16/2010 12:44:00 PM em |


Caminha pelos corredores de paredes brancas ouvindo os ecos de sua pulsação. Nenhum vestígio nas paredes, nenhum sinal. Nenhuma imagem, apenas vultos. Aproxima-se da porta. Entreaberta. Sobre o leito, no teto, em todos os lados, apenas a brancura triste, dolorosa.
Era algum lugar aonde habita nenhuma coisa, coisa alguma. O vazio pesado é um lugar. Respirara o infinito do invisível vento, como ela, o vento só quer procurar, procurar... Procura dentro das frestas da anatomia do seu corpo a força de algum sopro.
Contudo, deleita-se sobre o leito vestido de lençol branco e rasgado que conforta o seu corpo. O que a noite poderia lhe dar? Uma cachaça derramada ao lado e um imenso horizonte de cor branca, mirado no alto, parado, pelo teto, na sua reta. Os segundos escapavam das mãos dela. Agora, a lua fria e branca fugia pela janela... O vento levara tudo embora. Não me pergunte como, eu procuro quem passa e deixa a porta aberta.

0 comentários:


O conteúdo desta página requer uma versão mais recente do Adobe Flash Player.

Obter Adobe Flash player

Feeds RSS

Receba as novidades do Vale em Versos em seu e-mail

Livros do Vale

Apoiamos

Adicione

Arquivos