Jantar preparado com amor mais fogo possível
Amigos, música...
Amor, ouvir Clube da esquina
Acordar cedo, mais cedo que possível
O sol de hoje acordou lindo, mais fogo, incrível.
A farinha pro meu pirão
O pirão pra minha família
Farinha do mesmo saco
De farinha pro meu pirão.
Por Cláudio Costa | 7/28/2010 11:40:00 AM em | comentários (0)
Espinho
Quando olho os meus dedos percebo... o que flui é você
Grita
esbraveja
na dor a perda
se concretiza
quando acredita
entende não haver retorno
sabe que sua vida avança
perde as cores
somem as lembranças
quando lembra
dói
a dor se repete
grita
esbraveja
exausto
vive.
(Pedro Du Bois, XII Conc. Intern.
de Lit., Livro Idiossincrasias, SP)
negro que não passou
em branco
No meu funeral não me mandem flores. Sou alérgico a elas.
Eu sou negro
negro luzidio,
Luzindo de amor
Por Paulo Moura e
Pixinguinha.
SÉRIE "ADOLESCENTES DE HOJE" E "SÔ EMO MEMO
Por Poeta Clebber Bianchi | 7/18/2010 01:48:00 PM em | comentários (2)
No Pelourinho pelava-se a pele.
Negro pelado,
sem cor.
Hoje no Pelourinho
só pelo lourinho.
(Eryck Magalhães, Ecos e outros versos, 15)
No meio da mata fechada
a índia nua e virgem...
O português cristão
nunca amou tanto o próximo
como a si mesmo.
(Eryck Magalhães, Ecos e outros versos, 36)
A dor de ser crioulo sarará?
(Eryck Magalhães, Ecos e outros versos, 30)
Não há a lembrança
das minhas palavras
dito por não dito
loucura do esquecimento
insignificância.
(Pedro Du Bois, A ILUSÃO DOS FATOS)
TENTAÇÃO
Por Rhosana Dalle | 7/11/2010 12:55:00 PM em Pindamonhangaba, Poesia, Rhosana Dalle | comentários (2)
TENTAÇÃO (3º Lugar FESTIPOEMA 2010)
Sou a sua tentação...
Sou quem não lhe segura,
Nem nada lhe assegura...
Sua liberdade pura,
Sua cura!
-Sou a sua ousadia, seu atrevimento...
Não sua agonia e sofrimento!
-Sou o seu descontrole, sua euforia, sua alegria...
Não o seu lamento!
-Sou sua desaforada inconseqüência...
Não sua dor de consciência!
-Sou seu ato impensado, seu impulso...
Não seu ato sensato e seguro!
Sou quem não lhe segura,
Nem nada lhe assegura...
Sua liberdade pura,
Sua cura!
Sou o motivo da sua gula,
Sua ânsia e afã,
Sua falta de pudor,
Eu não sou a sua dor...
Sou o seu passo no escuro,
Seu desperdício de tempo, seu vício...
Sua noite mal dormida,
Seu dia sonolento...
Seu incontrolável afeto, intento...
Seu desespero, seu destempero,
Seu calor do momento.
Seu fomento.
Sua fome, seu tormento...
Sou quem não lhe segura,
Nem nada lhe assegura...
Sua liberdade pura,
Sua cura!
Não fuja, não corra, não suma!
Não se iluda, nem pode!
Sou a sua tentação, e ...
Sem a sua permissão,
Quero meu direito a sua posse,
Na sua inteira impossibilidade
Em dizer-me
Não!
Pindamonhangaba, 09 Setembro 2009.................................... Rhosana Dalle.
APATIA EM CACOS
Por W.G. | 7/10/2010 12:03:00 PM em Aparecida, Poesia, Wilson Gorj | comentários (0)
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMPO
Por W.G. | 7/09/2010 01:58:00 PM em Aparecida, Poesia, Wilson Gorj | comentários (2)
Da varanda
diviso o mar
de indivisadas águas
diversificadas em cores
e tonalidades
(passam crianças em escolares
camisetas amareladas)
da varanda
avisto águas em movimentadas
e sucessivas vagas
a praia recebendo
rendadas homenagens
(a criança em amarelada
camiseta não está
mais aqui).
(Pedro Du Bois, AMARES)
tudo que ouço, vislumbro
me retoma e me retira
daqui.
me carrega pra tudo,
tudo que ouço, vislumbro.
um menino, uma mão,
cajado que o guia,
caminho ralo, destino.
tudo que ouço, vislumbro
me retoma e me retira
daqui.
a saudade amarelada
verte das árvores, nuances de solidão
natural enfeite das tardes - folhas ao chão
Tonho França
Para Piva
Por Fabiano Fernandes Garcez | 7/04/2010 06:02:00 PM em Fabiano Fernandes Garcez, Poesia, Poesias, São Paulo | comentários (1)
Ah! Menino-demônio
Anjo-velhaco
Pegaste o elevador fantástico
para pousar na brilhante neve infernal
Esporra essa metralhadora giratória de impropérios
em minha boca torta
em meu ouvido invisível
em meus orifícios violados
em meus poros pudicos
para que junto de ti e ao sol roxo de vergonha
eu deixe distanciar minha inocência
em mais um tapete voador
A saudade vem lá do fundo
Vem calejada, vem dos silêncios.
Dos vãos da escada,
Pelas mãos do vento
nas louças guardadas,
nas preces esquecidas.
Nas chuvas do fim da tarde
Em letras de músicas perdidas
A saudade invade as alcovas,
Dorme no leito vazio,
A saudade é de um cinza frio,
Que a lua ainda que cheia e luzente,
Não espanta, não desmancha,
A saudade aos poucos, bem lentamente,
É dose de ausências, nos leva pra sempre.
Tonho França
Não sabia ao certo onde tecer sua teia.
Escolheu um cantinho de parede da cozinha.
Acertou na mosca.
*Microconto premiado pela ABL
http://www2.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=10369&sid=672