Recolhido em águas
protejo o corpo: seca
dedicação aos afazeres
diários: da natureza
me afasto em ciclos
e levo o ramo
colhido
enquanto criança.
.........................Liame
.........................entre estradas
.........................não percorridas.
(Pedro Du Bois, Casa das Rosas, QUINTA POÉTICA, 26.11.2009)
E agora?
A poesia morreu,
o sonho acabou.
Quer ir para Pasárgada?
Pasárgada não há mais.
Manuel,
e agora?
Pó da terra
vida
limpo a casa
todos os dias
bato os tapetes
na entrada
o pó não se acumula
nem resguarda
minha memória
desencavada longe
desenterrada em sítios
profundos.
(Pedro Du Bois, COTIDIANOS)
Participação dos Poetas na 21 BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO/SP
Por Tonho França | 8/20/2010 09:55:00 PM em | comentários (2)
Por JURA | 8/20/2010 01:15:00 PM em | comentários (1)
Reportagem sobre os poetas e contistas do Vale do Paraíba, que expuseram e autografaram seus livros na Bienal pela Editora Multifoco, publicada no Jornal o Lince, no link abaixo
http://www.jornalolince.com.br/2010/ago/pages/grafias-autoresvale.php
Quero viver no outono
Com suas folhas
Caindo e caídas.
Quero viver no outono
Com luas e noites
Luzindo e infindas.
Quero viver no outono
Com ventos que varrem e açoitam
Infringindo o clima.
Quero viver no outono
Com suas folhas
Caindo carpidas.
no final do corredor
espaços vazios
outras portas
insinuo a mão
encontrando a forma
inexata da entrada
ouço a voz que me chama
ao final do mistério
o rosto impassível
impossibilita o retorno
outra porta é aberta.
(Pedro Du Bois, A CASA DAS GAIOLAS, II)
one must be
undoubtedly
a doubter
A ONDA LEVOU
Por W.G. | 8/11/2010 09:47:00 PM em Aparecida, poema em prosa, Wilson Gorj | comentários (0)
AMOR À MODA ANTIGA
Por W.G. | 8/11/2010 09:45:00 PM em Aparecida, poema em prosa, Wilson Gorj | comentários (0)
MEU AMIGO OMAR
Por W.G. | 8/11/2010 09:44:00 PM em Aparecida, poema em prosa, Wilson Gorj | comentários (0)
Alguma coisa
de valor
será encontrada
no lixo
algo que possa ser transformado
consumido
transacionado
ou jogado fora.
(Pedro Du Bois, O LIXO REVOLVIDO)
21º Bienal do livro de São Paulo
Por Fabiano Fernandes Garcez | 8/10/2010 06:54:00 PM em Clebber Bianchi, Eryck Magalhães, Fabiano Fernandes Garcez, Jurandir Rodrigues, Tonho França, Wilson Gorj | comentários (0)
poema
sinto a falena
como sujas calçadas
um jorro de água
e a poesia
limpa
sujeiras
cadeiras
palavras
Fazer das palavras cores
De suas matizes flores
Em sua lavra dores.
Como cães de outrora
procuro postes na beira das calçadas
para me apoiar e urinar
como corujas piando no escuro
desapareço nas sombras da cidade
com medo de ser policiado
como vendilhões que assaltam
na cobrança de taxas de proteção
pego o que posso com pressa e denodo
dos otários atravessados na minha frente
como meus pais pródigos em conselhos
todas as manhãs me olho no espelho
faço caretas e estudo poses
fortificado e satisfeito saio
e busco no trabalho - de óculos e relógio -
a simplicidade da sobrevivência.
(Pedro Du Bois, OS CÃES QUE LATEM)