O COLETOR DE RUÍNAS

Por Pedro Du Bois | 2/08/2011 11:02:00 AM em |

Desinteressado das razões
sem perguntar pela inexistência
de sobreviventes, indiferente
ao povo acotovelado ante o sinistro

atravessa o espaço
permitido e se esforça
em recolher
o que pensa
ter serventia

enche a sacola
e a coloca
sobre as costas

o policial não o interpela
nem o prende: passa
incólume entre os destroços
e desaparece na esquina.

(Pedro Du Bois, O COLETOR DE RUÍNAS, 7, Edição do Autor)

1 comentários:

  1. Edu on 13 de fevereiro de 2011 às 20:16

    Pedro,

    Parabéns por essa pérola. O coletor de ruínas ficou sensacional.É daqueles poemas que causa arrepio.

    Abraços,
    Eduardo

     


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