Vaso de cristal

Por Tonho França | 2/19/2011 10:27:00 AM em |

Vaso de cristal




Herança de família

A única peça de arte – arrogante e centenária

Enfeita minha sala.

contemplo a transparência antiga e estática do cristal

:

atiro-o contra a parede

os pedaços libertos reluzem faces conhecidas no tapete

algumas, como se vivas, pontiagudas

136 vezes dançam meu pulso

e bordam em mim, com pele e sangue

o nome de minha avó.



Tonho França

4 comentários:

  1. Eryck Magalhães on 20 de fevereiro de 2011 às 15:17

    Belo poema Tonho! Belo pela ideia, pela imagem (2ª estrofe) e pela musica (a ocorrência do "t" no 4º verso da 1ª estrofe).
    Parabéns!

     
  2. JURA on 21 de fevereiro de 2011 às 20:52

    tu és poeta de verdade, inteiro.

     
  3. Pedro Du Bois on 22 de fevereiro de 2011 às 15:51

    Caro Tonho, jamais nos livramos dos ancestrais, mesmo fragmentados, não? Parabéns pelo texto. Abraços, Pedro.

     
  4. Fabiano Fernandes Garcez on 23 de fevereiro de 2011 às 12:48

    Tonho,

    Belíssimo poema, a nova safra está fenomenal!

     


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