O menino do dedo verde

Por JURA | 8/27/2013 05:50:00 PM em | comentários (3)

Como pode um livro se esconder em nossa memória?
O menino do dedo verde estava escondido em minha cabeça desde a adolescência, ou um pouco antes disso, quando o li pela primeira vez. Hoje, depois de 30 anos mais ou menos, redescobri o que já sabia, apesar dele ter se escondido em mim nesse tempo todo, O menino do dedo verde é um belo livro, doce, terno, poético que tem o poder de transformar tudo em flores.

Outro sonho

Por Pedro Du Bois | 8/22/2013 02:02:00 PM em | comentários (2)

Ética
utópica

meus sonhos
imagens fragmentadas
em conversas
enquanto acordado

utópica
ética

nos fragmentos encontro
o teor na inteireza
do corpo em discurso

onde repouso.

(Pedro Du Bois, inédito)

MORTE

Por Pedro Du Bois | 8/17/2013 12:28:00 AM em | comentários (0)

De tantas mortes a árvore prateada guarda o rosto
impassível da hora. A senhora. As drágeas.
As pílulas. Verdes tampos guardam as flores
dourada da chegada: o concurso e o discurso
raivoso da despedida. A cicatriz espelha
os quilômetros rodados. Para onde fomos
quando saímos de casa. O choro da mãe
reflete as dores do parto na ausência.

A morte é retorno: mágico trapézio.
Não há o cavaleiro e a montaria estanca.
Apenas rumores, não a morte que torce
a história. Calo o olhar retorcido. Cai
a máscara e a face mostra recomeços.

Não há razões na morte que me escolhe
e que se encolhe nas chuvas primaveris
da razão. Quente é a hora.

(Pedro Du Bois, inédito)

RETORNAR

Por Pedro Du Bois | 8/09/2013 02:15:00 PM em | comentários (0)

O retorno é sua vida
em dias de ventiladores

(ligadas formas de espantar
o calor na passagem)

porque retorna seu pensamento
amigo e companheiro das horas

resta entre o vento
amainado na descoberta
cabeça e mãos ásperas
em rugas

retorna na imprecisa forma
de seus fantasmas e do sorriso
que resta em cada brincadeira

criança ainda
            sem motivo e medo
no avançar constante
            de fazer instantânea
a paisagem entre os morros.

(Pedro Du Bois, inédito)

SONHOS

Por Pedro Du Bois | 8/01/2013 03:16:00 PM em | comentários (0)

A inconclusão dos fatos
se transformam
ao terminarem
as cenas
e as luzes
forem apagadas

dúvida: retirados espinhos
e o sangue jorra das entranhas

você sofre a hora
da inverdade
- todos os dias -
em cobranças
por ser o primeiro
na inépcia
que nega a comprovação

inconclusa matéria
sumida nos sonhos
em que se move
o esquecimento.

(Pedro Du Bois, inédito)


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