De tantas mortes a árvore prateada guarda o rosto
impassível da hora. A senhora. As drágeas.
As pílulas. Verdes tampos guardam as flores
dourada da chegada: o concurso e o discurso
raivoso da despedida. A cicatriz espelha
os quilômetros rodados. Para onde fomos
quando saímos de casa. O choro da mãe
reflete as dores do parto na ausência.
A morte é retorno: mágico trapézio.
Não há o cavaleiro e a montaria estanca.
Apenas rumores, não a morte que torce
a história. Calo o olhar retorcido. Cai
a máscara e a face mostra recomeços.
Não há razões na morte que me escolhe
e que se encolhe nas chuvas primaveris
da razão. Quente é a hora.
(Pedro Du Bois, inédito)
0 comentários:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postar um comentário