busco questões menores
anódinas
acidificadas
ambientadas em respostas
não transitadas
lembro você e seu discurso
altaneiro resfriado
no enregelar o passado
em passadiços caminhos
rumo ao mar
rebusco na memória o instante
em que nos revelamos
e sua face esfumaça
o espelho
opaco ser metalizado
em respostas
(Pedro Du Bois, inédito)
Quando me despeço
dispenso consequências
e penetro no fundo
caminho de ir embora
ilusões cercam inícios
e da metade ao fim
o cansaço pede contatos
não há consequências
para o ato praticado
na necessidade
o intenso se dedica a desconstruir
a calma antecedente no discurso
na despedida sopram brandos
ares sobre possíveis lembranças
aproveito o sol para me manter
aquecido na linha do horizonte.
(Pedro Du Bois, inédito)
Não me vejo ontem
a me transformar agora
meio desenho rascunhado
sobre o instante imaginado
mero esboço retraído
em sentenças de culpabilidade
mero estorvo
magnificado em lembranças
não me vejo amanhã
a me condenar agora
mera retribuição farsesca
do desinteresse.
(Pedro Du Bois, inédito)