um acorde que
me acorde pro
mais belo som
mais dissonante harmonia
um acorde preciso
preciso acorde que me
corte, acorde da
harmonia dissonante
mais preciso.
sei de tudo de nada
nada que possa fazer
fazer que a sina
sina de que a cisma
cisma, cisão, ruptura
ruptura de tudo
tudo nada que sei.
Dispenso a ajuda
(na leitura da seca
palavra revisitada)
- sobre a mesa repousa
o poeta ancestral
em humores anteriores
à seriedade do momento.
(Pedro Du Bois, inédito)
O último verso
definitivo
- no olhar sobreposto
à página
em branco.
A vontade ultrapassa
a hora
em branco: tóxico
remédio sufoca
a dora.
Em branco a ideia
- estapafúrdia -
inicia o verso.
(Pedro Du Bois, inédito)
Por JURA | 6/18/2012 05:39:00 PM em | comentários (1)
A espera, os desvios de percurso, as refeições em horários desencontrados, os sonos intranquilos, os acordares sonâmbulos. O amor tranquilo e maduro que espera. A espera, os desvios de...
Por JURA | 6/17/2012 09:27:00 PM em | comentários (0)
Não me arremeto ao escopo, sou corpo
e talvez alma: dupla insuspeita
com que armas se debatem
em retirada:
todo avanço predispõe
a certeza da derrota
da vitória podem
dizer os pósteros
e os literatos.
(Pedro Du Bois, inédito)
Por JURA | 6/12/2012 09:47:00 AM em | comentários (0)
clarinete
notas de angústia
melancolia
em falsete.
Vejo seu coração condoído
em minha dor
adormeço
e sonho recomeços
(pintura critpográfica
do envenenamento).
(Pedro Du Bois, inédito)
Queria parar de escrever,
construir minha obra
em torno do silêncio,
mas as palavras
são formigas insaciáveis:
de migalha em migalha
carregam meu silêncio
para fora de mim;
faz-se matéria-prima
e alimento
para o que
escrevo.