FORMIGUEIRO

Por W.G. | 6/03/2012 11:29:00 PM em , , | comentários (2)

Queria parar de escrever,
construir minha obra
em torno do silêncio,

mas as palavras
são formigas insaciáveis:

de migalha em migalha
carregam meu silêncio
para fora de mim;

faz-se matéria-prima
e alimento
para o que
escrevo.


[gORj]

MARINA

Por W.G. | 1/10/2012 09:31:00 AM em , , | comentários (0)

Pétalas irisadas
se abrem em seus olhos.

Flores azuis perfumam
o meu silêncio.

[gORj]

PEGADAS SOLITÁRIAS

Por W.G. | 1/10/2012 09:30:00 AM em , , | comentários (0)



Caminho só,
assim prefiro.

Dos meus passos
é que tiro as palavras,
versos ainda brutos.

Só, caminho. Assim prefiro.

A solidão estende os galhos
para que a Poesia coma seus frutos.

[gORj]

TÚNEL

Por W.G. | 1/08/2012 09:05:00 AM em , , | comentários (0)

É noite.

Pelos trilhos
__do silêncio
o trem cruza
meu ouvido.

Abro os olhos.

No último vagão,
acena-me adeus
o sono perdido.

[gORj]

MEDO DA MORTE

Por W.G. | 1/07/2012 09:47:00 AM em , , | comentários (1)


Estamos sempre na iminência de um outro mundo.
E que medo da vida devem ter os que já estão mortos.
[gORj]

SILÊNCIO DE PEDRA

Por W.G. | 1/07/2012 09:44:00 AM em , , | comentários (1)


Soltei uma palavra
...e o vento levou.

Outras palavras
foram soltas
e levadas pelo vento.

Calei-me, então.

Meu silêncio o vento não leva.

[gORj]

Um apanhado de microcontos e alguma poesia:

XADREZ (11 de setembro)

Por W.G. | 9/11/2011 11:09:00 AM em , , | comentários (3)

Enquanto os grandes mexem suas peças

derrubando torres
manipulando bispos
enforcando reis

entre cavalos e peões,
os pequenos movem suas vidas,

cada um no seu quadrado.

A QUALQUER HORA

Por W.G. | 9/05/2011 08:23:00 AM em , , | comentários (1)



Em tarde, ser.
À noite, ser.
A manha é ser
o que somos
a qualquer hora.

A VENDA

Por W.G. | 7/18/2011 10:33:00 AM em , , | comentários (0)

Eu vendo o pôr-do-sol... Ninguém se interessa.
A pressa venda os olhos.

DROPS

Por W.G. | 6/22/2011 09:53:00 AM em , , | comentários (3)

Para ferir
qualquer palavra
é pedra.

Na boca
de quem ama
derrete-se a dureza:

palavras exalam
hálito de flores.

PLANTIO

Por W.G. | 6/21/2011 09:30:00 AM em , , | comentários (1)

A poesia,
flor desabrochando
no meu cotidiano.

Com os dedos da linguagem
tento colhê-la
e quem sabe
plantá-la
no vaso das palavras.

TROMBAS-D'ÁGUA

Por W.G. | 1/16/2011 09:02:00 AM em , , | comentários (0)

O verão engorda os rios.
Obeso de águas, transbordam.

E livres do cativeiro das margens,
invadem campos, cidades...

Manáguas ensandecidas!

Indomáveis,
deixam estragos pelas ruas.

ADORMECIDO

Por W.G. | 12/02/2010 10:52:00 AM em , , | comentários (0)

Com o beijo dos olhos,
o poema despertou.
Declamei-o.
Seus versos espreguiçaram.
No último bocejo,
a poesia voou.

BENTO AMOR

Por W.G. | 11/04/2010 11:25:00 PM em , , | comentários (2)


Carregando o Judas, a molecada para diante da "biqueira".
Gritam:
- Queremos pe-dra! Queremos pe-dra!
E o traficante manda bala.

Cena para um haicai

Por W.G. | 9/19/2010 09:54:00 AM em , , | comentários (2)

sopra o outono
a folha cai ou não cai?
solta-se. com o vento se vai

Nanoconto de Sexta-feira

Por W.G. | 9/11/2010 04:50:00 AM em , , | comentários (2)

Na ilha deserta, Robson recluso é.

Tonho Zen

Por W.G. | 9/11/2010 04:46:00 AM em , , | comentários (1)

Poeta que me edita.

À la Drummond

Por W.G. | 8/30/2010 10:12:00 AM em , , | comentários (0)

E agora?

A poesia morreu,
o sonho acabou.

Quer ir para Pasárgada?
Pasárgada não há mais.

Manuel,
e agora?


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