MÚSICA ME ENGOLE E ME COSPE DIFERENTE.
Comemora sua vitória
glória
inatingível
em vida
reposta
à lápide
em palavras
metalizada
na saudade.
(Pedro Du Bois, inédito)
Ao homem a prisão do espaço
cria tempos de passagem
o amargor
com que nos perdemos
em liberdades
a extensão ignorada
dos movimentos
o humano no ínfimo e inexato
pensamento: liberdade condicionada
à sobrevivência
(de que adianta o universo
sem o espírito crítico?)
o espaço inibe o soar dos sinos
e do fim ainda não fomos
alertados.
MUITO INTENSA
INDEFESA
CLARIVIDÊNCIA
MUITO INTENSA
FREMÊNCIA
INTEIREZA.
O demônio não nos afronta, só ri de nossas pálidas crenças.
Por Unknown | 10/08/2011 11:03:00 AM em | comentários (0)
segunda: acordar a vida pra trabalhar dentro dela;
terça: continuar fiel ao caminho escolhido;
quarta: subir o mar d'almas, respirar e voltar a mergulhar;
quinta: é quase o fim da viagem... quase afim;
sexta: dia de lua, sempre cheia. dia de rua, sempre alheia. dia de voltar pra casa e
lembrar de amar;
sábado: continuar amando;
domingo: despedidas e lembranças (lembrar de amar/lembrar de amar/lembrar de amar...).
Abandono a lógica irreversível
das promessas: receio ofender a menor
parte distribuída, o escutar do murmúrio
decomposto em marcos dividindo
o espaço: cada um para um lado, cada
um do seu lado, cada um do lado errado
na lógica abandonada sacio
a fome descomunal dos adjetivos
e os empresto ao vento que os infla
no crime doentio dos silogismos
abandono a lógica racional dos percursos
e guio meu corpo ao abismo de onde olho
abaixo e longe o contato futuro e imediato
na lógica reside o abandono
da mágica apresentada em lona
de circo.
O Papa diz:
- Perdão.
O Pajé, de terço no pescoço, responde:
- Amém.
(Eryck Magalhães, Ecos e outros versos, 35)