O lacre encerra o ciclo. Pode ser frequente
na solidão da casa. Tem a companhia real
do fantasma absorto na cadeira ocupada
pela pessoa inexistente. Chegada. Partida.
Está e se deixa estar. Especula razões
cantantes sob a água. O espelho
repete o olhar em reflexo. Reflete
o espaço oferecido pela janela.
Não deduz da força
a ingerência com que a construção
resta inacabada. Filhos em idades
diversas. A mulher em afazeres.
Retira o peso do lacre. Reabre as razões
de estar fechado em reconhecimento. Dias
melhores ao acaso. Cala o presente.
(Pedro Du Bois, A DENSIDADE DO SILÊNCIO, 6, edição do autor, 2014)
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