Não interessa ao corpo em movimento
a força abrutalhada do ânimo
no sentimento dos desencontros
nada vale a palavra em contextos
de poemas inalcançáveis nas canções
amadurecidas em rimas e ritmos
não me comove o cheiro doentio
dos perfumes exalados em flores
não me admiro em espelhos convexos
sobre altas janelas de aviões em voos
apenas olho o entardecer pela janela
fixada na dúvida irresolvível da matéria
as cores aparentes me bastam.
(Pedro Du Bois, inédito)
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