A morte é esquecimento
relembrado em efemérides
sucessão de erros
em incômodos discursos
de aproveitamento
o corpo em ossos e cabelos
sob a terra: o enterro é espetáculo
resguardado na imaginação
de patéticas cenas
prantos guardam o espírito
renunciado ao corpo: amigos
desabrigados da companhia: transeuntes
cansados das notícias
o despropósito amainado em promessas
descumpridas em vida.
(Pedro Du Bois, inédito)
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