não canto aos pássaros
a imitação malévola da igualdade
pseuda em reconhecimento e demora
reflito o canto através da janela
e está preso o pássaro à gaiola
prende a liberdade na condição
histórica da hipocrisia
refaço o trajeto em silêncio e o pássaro se cala
ao ouvir meus passos pesarosos na impotência
de abrir a porta metalizada em trancas e tramelas
repito a maneira desonrosa da batalha
escondido em trincheiras indecorosas
(Pedro Du Bois, inédito)
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