Quem busca a interrogação
ouve barulhos
cheira perfumes de mistérios
rouba instantes no discorrer horas
sobre temas perdidos na história.
Sabe-se parte e hora em sentimentos
expostos: o barro tem a reposta
de que foge: o resultado concretiza
certezas. Descomunais incertezas.
O diariamente enteposto ao rumo
e ao ritmo na negação das letras
intercaladas: sabe a importância
da pergunta e não a faz. Espera
respostas ordenadas em alas
ou álamos plantados ao longo
da estrada: as alamedas.
(Pedro Du Bois, inédito)
Probabilidades
em eventos similares
de mesma magnitude; tempo
conspirado
em realizações das horas perdidas
de
iguais tamanhos e formas; versos
em
métricas acadêmicas, dias ensolarados
das lembranças; que importa ao
velho
céus estrelados? À viúva o desfecho?
Não se repetem as lágrimas da
criança; vai-se a esperança em esperas; a repetição
é desperdício cristalizado na unidade inglória
do passado; seja presente o tempo banido
de cruzes multiplicadas em cadáveres.
Nas probabilidades do milagre, o instante;
da perdição, palavras em sorrisos; do esquecimento,
o despertar da hora.
(Pedro Du Bois, inédito)
Ser em tantos
desenhados seres
o outro lado
no mesmo instante
do encontro
a paciência norteia a busca
onde iguais se encontram
justapostos no mesmo
e único indelével corpo
onde se esconde o outro
em outros sentimentos
- a corda aperta o laço
e pelas ponta o liberta -
anseia por tantos
que apenas um sobrevive
inteiro no que resta
dos fragmentos.
(Pedro Du Bois, inédito)
Busca
incessante
de quem nos duplica
unos
somos sós
e frágeis
na imagem
refletida
no intercalar
das faces
no descobrir-se
na duplicidade
que nos assegura
a continuidade
e o repouso.
(Pedro Du Bois, inédito)
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