Versos sobre a obra CAMINHOS de ROBERTO MENDES

Por JURA | 11/27/2010 02:00:00 PM em | comentários (1)

o chão, terra, folhas e asas vermelhas
o todo verde
caminho do aconchego
caminho quente do aconchego

BENTOS

Por Pedro Du Bois | 11/23/2010 10:02:00 AM em | comentários (1)

Modestos bentosgonçalves
de lutas imodestas
fugas e avanços
serviços curtos
do passado o sonho
imortalizado no nome
da estátua
da rua
da avenida
da cidade
do município

barata forma de irrecusável
lembrança e dívidas impagáveis
de anos passados
ao mesmo tempo
do acordo
em que bentosgonçalves
lembram a epopéia
as mortes
o dia amanhecido
no frio rio
a separar
os lados

lado a lado
ao lado
do lado
pelo flanco
descuidada história
esfria o nome
e marca horas
paradas.

(Pedro Du Bois, POETA em OBRAS, Vol. V)

domingo

Por JURA | 11/21/2010 11:37:00 AM em | comentários (1)

Domingo pra ouvir o ventinho fino que entra pela janela,

Ouvir os Bem-te-vis que cantam com a euforia do acasalamento,

Domingo pra ficar quietinho ouvindo o tempo passar

Ouvindo o ventinho fino que entra pela janela.

Por JURA | 11/18/2010 05:49:00 PM em | comentários (3)

Preciso entender muita acontecência.  Meus lapsos, a natureza das coisas, o que lhe é intrínseco, o que tá por fora. Os fatos, fados e a lua que nasce antes de sua necessidade.

O DIA (A)FINAL

Por Pedro Du Bois | 11/17/2010 12:43:00 PM em | comentários (0)

Sobre as árvores o vento
sofre o suficiente
diz o pássaro.

Submerso peixe afirma ao vento
nada ter com isso.

Para envolver ares em ventos:
subjugar as terras e os animais
ao solo, diz o bicho estático
até que o vento o leve
pelos ares em águas submersas.

(Pedro Du Bois, O DIA (A)FINAL, 1, Edição do Autor)

Por Cláudio Costa | 11/15/2010 11:00:00 PM em | comentários (1)

TRUE LOVE
Dia desses pintei uma mentira e a pendurei no meu quarto.
Os anos passaram, mas ela não envelheceu.

Exposição "Nova Configuração"

Por Nestor Lampros | 11/15/2010 07:58:00 PM em | comentários (2)

A parede e suas vozes presas

Por Tonho França | 11/10/2010 06:22:00 PM em | comentários (2)

A parede e suas vozes presas



Meus olhos em musgos e saudade

A pele em poros de luz e som

E essa mão antiga e fatigada

É herança de minha alma

Moldada em um barro antigo

Viscoso, poroso, aromatizado

Com a brisa do sopro de vida



Houve um tempo que os barros moldavam as almas

As casas, as tabernas, os pássaros, os céus, além dos céus



Houve um tempo, que a vida era gerada pela própria vida

No âmago do barro



E todo o mais, deriva-se daí

o oceano e os frutos, os anjos,as constelações

os deuses, as flores, o amor, as conchas, as sereias

as fadas e a lendas, as dores, a saudade

o amor e as distâncias

a musica e o vento

as palavras e os versos



algumas noites, pouso meus ouvidos na taipa

E poeta secular que sou, ouço a respiração do barro

As vozes das paredes vivas

E todas as histórias cavalgam em imagens

-The wall and its closed voices-


eu ouço, eu posso ouvir


Tonho França

O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS

Por Pedro Du Bois | 11/10/2010 09:42:00 AM em | comentários (0)

...
a barganha abrange o sofrimento
e a oração despenca vozes cabisbaixas
de medos e certezas, âmago afogado
de carícias indóceis em mãos úmidas
no sofrimento ultimado das canções

pede ao outro que o represente ao dia
desmerecido dos aplausos e traz nele
o outro e os outros acompanhados
na mesma solidão em que se esconde
e se altera em essência: seus demônios
resplandecem auras e não é mais
você quem está em frente à porta
na saída incômoda com que se sabe
derrotado e inútil naquela hora.

(Pedro Du Bois, O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS, 3, fragmento, Vol. I, Ed. do Autor)

BENTO AMOR

Por W.G. | 11/04/2010 11:25:00 PM em , , | comentários (2)


o homem

Por Eryck Magalhães | 11/02/2010 09:56:00 PM em | comentários (2)


cadáver de si mesmo
na lasca de unha
                               cor|
                                     tada

no fio de cabelo
                          c
                          a
                           í
                           d
                           o

na célula
                    des   pren   di  da

vestígios de corpo
sem despedida

PASSAGEM

Por Pedro Du Bois | 11/02/2010 01:22:00 PM em | comentários (2)

Avanço
entro
encaro a face
que me olha

olhos piscam
na demora
do reconhecimento

avanço
passo
encaro
o desconhecido
que não olha

triste
maneira de não ser visto

avanço
sobre o tempo e as horas
perdidas desde sempre.

(Pedro Du Bois, PASSAGEM PLURAL, Edição do Autor)

desgoverno

Por valéria tarelho | 11/02/2010 10:31:00 AM em , , | comentários (1)




sem planos
nem planaltos

sim ?oes!a

fêmea
- eleita -
que dita
meu poema

                [sem pt
                 nem vír
                 gula]



valéria tarelho

*cartoon de doug savage


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