GUERRAS

Por Pedro Du Bois | 6/28/2014 04:29:00 PM em | comentários (0)

Sons esperados
         contados
na primeira pessoa

olhar sobre as palavras
jorradas na sequência
de guerras sangrentas
pela sobrevivência

o intermediário salto
de partes cruentas
e o sangue deixa
de jorrar: branca
morte no abandono
das ideias: retórica
reforçada pelo oficial
em comando

corpo e sangue: olhos
abertos
        a voz
           e o grito
adjetivado ao extremo

traduzir os passos
   e o medo: sem medalha
no peito: a paz não recolhida
em abraços

pendentes braços sem função
e abraços: inertes.

(Pedro Du Bois, inédito)

ESPAÇO

Por Pedro Du Bois | 6/20/2014 02:07:00 PM em | comentários (0)

Na esquerda vicejam plantas
hipopótamos transitam à direita

acima e abaixo
lesmas diminutas
em lentos deslizares

a frente
e a retaguarda

             dentro
             e fora

o entremeio no devaneio
do cofre chumbado
em elementos de estilo

sucumbe e submerge
na cor não percebida

aperta os dedos
ao estalar dos ossos

na dimensão aproximada
olham e sorriem o espaço vago.

(Pedro Du Bois, inédito)

ESPERA

Por Pedro Du Bois | 6/14/2014 09:58:00 PM em | comentários (0)

O passado perguntado
em questões anteriores
ao espírito dos corpos
vivos fascinantes e inteiros
nas mentiras racionalizadas
em brechas por onde fogem
os sentidos: por isso as respostas
entre armas de almas abandonadas
no ínfimo espaço onde transitam
e esperam o retorno das questões
arguidas nas respostas do nada
repetido de luzes e escuras
formas das árvores derrubadas
em estampidos e relâmpagos
da natureza na irrealidade do fruto
amargo em gasosos seres indevidos
na espera do entretando permitido
nas perdas consentidas e no ódio
ensinados em ervas malditas
e amaldiçoadas folhas secas
no desenho da água no copo.

(Pedro Du Bois, inédito)

ONDE

Por Pedro Du Bois | 6/06/2014 05:00:00 PM em | comentários (0)

onde o corte
expõe
o corpo interno
o externo
estabelece
limites
na dor
e no medo

o arremesso
no arremedo: juntos
na primeira leitura

onde a morte expõe a ternura
em que nos recolhe

o brilho do olhar
sobre o corpo: o corte espaça
onde somos lançados fora.

(Pedro Du Bois, inédito)


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