mais nada

Por JURA | 12/26/2009 07:16:00 PM em | comentários (0)

mais nada
depois me perturba
nem essa chuva incansável
nem o sol que virá rasgando.

PRÊMIOS

Por Pedro Du Bois | 12/22/2009 09:50:00 AM em | comentários (0)

Resultados
avançam prognósticos
sobre certas verdades
e as derrubam
em sopros
de fracos ventos

esperanças diagramadas
em espectros infantis
de complascências
hirtas em galhos
secos quebradiços
nos outonos
onde frios
se apresentam
sepultando
ilusões primeiras.

(Pedro Du Bois, POETA em OBRAS, Volume III, fragmento)

A paixão de Cristo

Por Eryck Magalhães | 12/17/2009 07:11:00 PM em | comentários (0)

               Enquanto agonizava, de pés e mãos cravados na cruz, tentava lembrar de algo que o ajudasse a suportar a dor. Pensou em Madalena e em tudo que viveram.

LEMBRANÇAS

Por Pedro Du Bois | 12/17/2009 10:07:00 AM em | comentários (0)

Sua mão
procura a minha

no meio do trajeto
o susto
e o medo
do contato

como se amizades
esfriassem as mãos
que se tocam
em confidências.

(Pedro Du Bois, AS MÃOS EM CENA)

Rosa de sangue

Por Eryck Magalhães | 12/13/2009 04:41:00 PM em | comentários (1)

           Em meio aos compactos arbustos verde-musgo, destacava-se apenas uma rosa vermelha. Arrancaram-na brutalmente. Na palma da mão, mais parecia um coração palpitante. Um punho cerrado impeliu contra ela toda a sua força. Sangue correu pelo vão dos dedos. Não atentara para os espinhos.

A PRIMEIRA CASA

Por Pedro Du Bois | 12/12/2009 06:25:00 PM em | comentários (0)

15
A casa escuta a voz do dono. Protege
a entonação e o verbo. Palavras dialogam
entre portas e janelas. Versos fogem ao contato
e números se nivelam no cálculo orignal
da construção. Alto e bom som reverbera segredos
e amplifica oráculos. Conta sua história em sucessivas
pinturas e sofre a substituição das aberturas: antigas
companheiras de estanques jornadas: netos e netas
recebidos na ilusão dos dias. A casa fala
sobre as semelhanças entre seus pares.

(Pedro Du Bois, A CONCRETUDE DA CASA)

O sacrifício

Por Eryck Magalhães | 12/10/2009 10:00:00 PM em | comentários (0)

          De mãos atadas e olhos tapados pela mão de seu próprio pai, Isaac ouviu uma voz:           - Não estenda a mão sobre o teu filho e a ele não faça mal algum.
          Viu o pai prestes a desferir-lhe um golpe de punhal. Perdoou-o, mas não pode mais amá-lo. Sempre pensara que o amor do pai era incondicional.
          Deus sentiu-se culpado, mas transferiu a culpa a Abraão.

LOUROS

Por Pedro Du Bois | 12/07/2009 04:31:00 PM em | comentários (0)

Verde
tenra
folha
louro
da vitória

amarelecida
seca
temperada
vida
seguida
em lembranças.

(Pedro Du Bois, A INCERTEZA DA VIDA)

Tempo indolente

Por Eryck Magalhães | 12/07/2009 12:10:00 PM em | comentários (0)

       Cristão fervoroso, sempre sonhara em ver a Capela Sixtina de perto. Não poupou esforços. Após anos de economia, foi ao Vaticano. Ao contemplá-la, desconverteu-se. Viu Deus de cabelos e barba grisalhos. Os traços vincados. O próprio Deus, combalido pelo tempo.

SOLIDÃO

Por Pedro Du Bois | 12/05/2009 10:33:00 PM em | comentários (0)

III

A solidão é destino
sem resíduos
resquícios
que envolvam o espírito
em restantes pensamentos
menores: o diariamente
não retorna em companhias
e lembranças.

(Pedro Du Bois, A ILUSÃO DOS FATOS)

Obrigada pelo convite

Por Rhosana Dalle | 12/02/2009 10:48:00 AM em , | comentários (0)

Olá Poeta!
Enfim consegui acessar o blog e postar algo.
Primeiramente quero agradecer-lhe pelo espaço e dizer que sinto-me muito honrada.
Eis algo que diz um pouquinho da minha alma...
Um grande abraço!
ESPERANÇA
 
No meu dia, semana, mês e ano,
Quero o supremo tempero do inesperado,
A emoção da surpresa, a sensação de esperança.
Esperança, por sua tonicidade:
É paroxítona, desacentuada na penúltima tônica sílaba.
Esperança, por sua tonalidade:
É verdejante.
No verde clarinho da erva-doce,
No doce caminho da erva erva-mate
,
Na falta que faz o carinho...
Surge o verde-escuro sombra da erva - daninha.
Esperança dita por melodia, ou por palavras quentes, mornas ou até frias,
Que preenchem de mais esperança meu dia,
Viajo ao Norte onde o sol é forte,
Derreto o som,
Que deságua no rio e desce o Vale devagarzinho.
Sem o som ou o tom verdinho, não tem esperança,
E sem esperança ninguém viaja.
O tempo passa de graça, sem graça!
Esperando esperança no outro dia;
Forte, rica, bendita,
Que leva e traz à boa-nova, à boa-vida, à boa-sorte.
Esperança: Verde -Jade, Esmeralda no lugar da morte!


Pindamonhangaba, 04 Novembro 2008.................... Rhosana Dalle.

Discórdia

Por Eryck Magalhães | 12/01/2009 12:07:00 AM em | comentários (0)

         Lúcifer andava cabisbaixo pelo paraíso. O Senhor perguntou-lhe:
         - Por que padeces?

         - Pai, tenho sofrido muito. Não tenho vocação para anjo. Liberte-me desta incumbência. Envie-me para a terra.

          O senhor negou o pedido. Na primeira oportunidade, Lúcifer fugiu.


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