DIVERSIDADE

Por Pedro Du Bois | 11/27/2012 02:34:00 PM em | comentários (0)

Feitos na indelicadeza do gesto
em razões de desencontros

aceno ao espaço
não preenchido
das promessas

a água morro abaixo
leva terra
            galhos
                folhas

     (a sujeira indelével)

na diversidade guardo
o meio dia
         a tarde sucessiva
         na maneira carinhosa
         com que me despeço

a terra acomodada em novas camadas
esconde a passagem anterior dos passos.

(Pedro Du Bois, inédito)

LAGOS

Por Pedro Du Bois | 11/23/2012 02:56:00 PM em | comentários (0)

A água do lago
entre árvores não reflete
o ocaso do lodo
ao fundo

- imprime no pingo da chuva
o centro concêntrico
da queda -

o pássaro entre árvores
trina em meus ouvidos

(a voz da criança no apartamento
 grita a sucessiva contade
 da liberdade)

a chuva altera a superfície
e o lago calado em trinados
e gritos
   afoga a profundeza.

(Pedro Du Bois, inédito)

À memória de Saramago

Por Eryck Magalhães | 11/17/2012 10:39:00 AM em | comentários (0)


Entre longos períodos invertidos
digressões e pontos perdidos
vozes que teimam em não se calar
em um emaranhado labirinto linguístico

Até o momento 
em que a luz se acende
o pensamento ascende
e tudo faz sentido

Saramago, o amargo é doce
e contemplativo.

OFERTAS

Por Pedro Du Bois | 11/15/2012 11:54:00 AM em | comentários (0)

Oferto e o deus a rejeita
e a devolve: quer o sacrifício futuro
embutido em apagadas frases
desenhadas em portas
de garagens

tenho outra maneira
sincera para as ofertas: a surpresa
                                     como me ofereço
                                     em vida consumida
                                     ao nada.

(Pedro Du Bois, inédito)

VERBALIZAR

Por Pedro Du Bois | 11/05/2012 10:15:00 PM em | comentários (0)

Fica no consumir da hora:
o crepúsculo oculta o dia
o reverso ensandece a morte
e refaz o líquido enregelado.

Cultiva a terra em secas
debate a estrada em trechos
impede a revoada dos pássaros
               por onde atravessa.

Acolhe a luz em raios
aguarda a escuridão em ondas
imaginárias de mares em movimento.

Coleciona o valor do brilho
no desdizer da farsa
no engalanar a festa
com que o tempo se alimenta.

Reconhece no canto a trava
realinha a família na crise
e no debate com que se avivam
memórias de sobrevivências.

(Pedro Du Bois, inédito)

O objeto livro

Por Eryck Magalhães | 11/03/2012 10:58:00 PM em | comentários (1)


Pequeno retângulo
que se abre feito porta
e nos transporta.


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