burrinho pedrês

Por JURA | 11/26/2011 06:20:00 PM em | comentários (1)

cheiro de chão pisado
carro de boi e gado
ponteio de viola
canto cansado
luar do sertão.

TAREFAS

Por Pedro Du Bois | 11/23/2011 10:01:00 AM em | comentários (0)

Revejo a terra: a marcação
cerrada complica o ataque
a velocidade
o corte
o drible

     a capacidade de me fazer
     ausente
     e na frente
     me apresentar
     em características
     distintas

revejo a terra pressionada no extremo
do desconhecimento: providências
tomadas além da espera

               na frente reapareço
               no encontro desmarcado
               da tarefa por fazer.

(Pedro Du Bois, inédito)

HORA

Por Pedro Du Bois | 11/15/2011 09:32:00 AM em | comentários (2)

          Na hora
                (cedo)
                  cedo
                      ao cansaço

                  recolho o corpo
                  à cama

          olhos cedem
          ao escuro: a mente
                           cede espaços:

                                      sonho.

(Pedro Du Bois, inédito)
                       
        

cachoeira do escorrega

Por JURA | 11/14/2011 07:57:00 PM em | comentários (0)

Cachoeira do escorrega
Escorrega água fria
Música
Canto frio nas pedras
Frias da Maromba.

Cachoeira do escorrega
Toda carga
Que represa emoções
Escorrega água fria
Música
Canto frio nas pedras
Frias da Maromba.

MANHÃ FRIA

Por JURA | 11/14/2011 07:49:00 PM em | comentários (0)

Manhã fria de nuvens
Crianças mostram estripulias
Casinhas com flores
Caminho verde
Cantos de sabiás anunciando
Manhã fria de nuvens.

SABOR

Por Pedro Du Bois | 11/09/2011 07:08:00 PM em | comentários (0)

Mentalizo o sabor
refrescante do presente:

            lanço o hálito
            à frente
            da batalha

torturo vítimas
enfraquecidas
enraizadas
desacostumadas
ao martírio

cada palavra é recebida
em homenagem
             e ao futuro digo
             verbos intransitivos.

(Pedro Du Bois, inédito)

Leva tempo

Por Eryck Magalhães | 11/08/2011 01:48:00 PM em | comentários (2)



para que o amor de
                                        um
cruze o amor de
                            outro

às vezes
leva uma vida inteira
e eles          não
          se              cruzam

para os afortunados
eles já nascem entrelaçados


*poema selecionado para o Livro Prêmio Alt Fest, patrocinado pela Fliporto.

Aroma de amora

Por Eryck Magalhães | 11/01/2011 11:46:00 PM em | comentários (1)

No interior,
facilmente se encontra pés de amora
e debaixo deles se namora.

Quando criança, no caminho de volta da escola
gostoso era comer amora,
colher amora...
ajudar as meninas a trepar nos galhos mais altos,
segurá-las pelas mãos...

Colocar amoras (as mais suculentas)
em suas bocas,
e observar o doce suco da fruta
tingir-lhes os lábios.

Chegar em casa de roupas manchadas
e ouvir as queixas de mamãe:
"suco de amora não sai da roupa"
e da memória.

(Eryck Magalhães, Ecos e outros versos, 57)

PROSSEGUIR

Por Pedro Du Bois | 11/01/2011 09:10:00 PM em | comentários (0)

No universo incompleto da sequência
o lance derradeiro
            decisivo
            e único na universalidade
da espera: espaço renovado
em desdobramentos e a bifurcação
multiplicada em angústia
se desvela em única
incoerência: a continuidade
perdura no que chamamos
tempo: antes do tempo
chamado além: sem início
e fim perduram farsas
indecifráveis dos haveres:

         a completeza predispõe
         o final da essência
         de início não começado:
                       interlúdio e ofuscada
                       estrela em interestático
                       mundo das profundezas.

(Pedro Du Bois, inédito)

catador de sons

Por JURA | 11/01/2011 06:35:00 PM em | comentários (1)

quero aprender a catar
sons semelhantes que
pousam diferentes nas
árvores das melodias fugidias.


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