Por Cláudio Costa | 3/29/2012 10:08:00 PM em | comentários (3)

Espelho
Encontrei um cara
à noite
lavando o rosto
com as mão secas
das poeiras do dia

o barro trincado
revela ao homem
a luz da manhã

REPETIR

Por Pedro Du Bois | 3/29/2012 02:43:00 PM em | comentários (2)

Repito a fórmula de outra forma
refaço a conta de outra conta
recupero a hora de outra hora
remeto a carta de outra carta
acerto a meta de outra meta
repito palavras com outras palavras
revejo a imagem em outra imagem
reajo à briga com outra briga
retenho o corpo em outro corpo.

(Pedro Du Bois, inédito)

SABER

Por Pedro Du Bois | 3/23/2012 02:34:00 PM em | comentários (2)

Saber-se nascido
na alegria
da hora
divertida

no nascer se sucedem
águas leves de encontros

saber-se da terra
elemento circunstancial
da entrega

desejo reencontrado
em praias de águas
tépidas.

(Pedro Du Bois, inédito)

PAREDE BRANCA

Por JURA | 3/18/2012 06:42:00 PM em | comentários (1)

Queria expor numa parede branca irretocável
Meus defeitos, manias, paranoias,
Queria me expor numa parede branca irretocável
Do meu jeito, assim, Goya.                     
Queria pôr numa parede branca irretocável
Como leite, querubim, como joia.
Queria-me numa parede branca irretocável
Queria-me parede branca
Queria-me imperdoável.

mais uma da parceria traços e versos

Por JURA | 3/16/2012 08:41:00 PM em | comentários (2)

MANHÃ

Por JURA | 3/16/2012 05:19:00 PM em | comentários (0)

MANHÃ FRIA DE SEXTA-FEIRA
EM QUE A CHUVA DA MADRUGADA
LAVOU TODAS AS ANGÚSTIAS.

SÓ ME RESTA UMA CAPELA HISTÓRICA
COM SINO QUE CLAMA OS HOMENS
 NOITES MAL DORMIDAS
E PÃES DE ONTEM.

Intelectual

Por Eryck Magalhães | 3/16/2012 03:05:00 PM em | comentários (0)

O conhecimento petrificou todo o seu corpo. Nele, só o pensamento fluía.

RIOS

Por Pedro Du Bois | 3/16/2012 02:35:00 PM em | comentários (0)

No rio do vento
invento brincadeiras
adultas de sexo
            e corpos espessos
            contra a vidraça

junto à porta
contemplo o álibi
do desvirtuamento

        em esquecimentos
        prematuros

(de você lembro a data
 do nascimento).

(Pedro Du Bois, inédito)

Por Unknown | 3/09/2012 07:43:00 PM em | comentários (1)

Não se pode parar

A poesia pinta

E eu não posso pintar


Não se pode esperar

Mais um ponto aponta

E eu não posso aprontar


Não se pode emperrar

Nosso peito aperta

E eu não posso imperar


Nosso tempo, há tempos,

Ninguém pode parar

INTOLERÂNCIA

Por Pedro Du Bois | 3/08/2012 02:35:00 PM em | comentários (2)

Nego o regresso
         retiro o som
         apago o tempo
           desnecessário aos acertos

a intolerância
reduz as distâncias

distanciamentos intolerantes
negam ao regresso o som
inaudível do tempo apagado

(recurso natural do crime
 cometido em defesa: a tolerância
 da lei ao permitir as sombras
 sobre os olhos).

(Pedro Du Bois, inédito)

LUDMILA

Por Unknown | 3/03/2012 04:48:00 PM em | comentários (3)


Ludmila,
Quanta cantoria...
Muita melodia
Em tão vago olhar,
Onde me disperso,
Quando me despeço.

Uma vaga em teu olhar
É uma placa a iluminar
Metade do caminho.
 A outra nem Deus sabe,
Porque não houve.

Por que não ouvem,
Ainda ouço.
Porque não houve,
Ainda pouso.
Ainda posso.
Ainda possuo asas de postar poesia.
...quanta cantoria,
Ludmila,
Melodia em teu olhar.

 Vagueio nas vagas do tempo
E tapeio o pensamento que me aparta de lá,
Que me aperta em mim:
Em mim ainda é o vago olhar;
Não de ressaca:
Só ressentimento em mim.
Ludmila,
Quarto fátuo e ressentimento
Em mim;
Lua parca e desistimento
Em ti.

Palavra

Por JURA | 3/02/2012 11:32:00 PM em | comentários (0)

Palavra
Lavra
Terra
Semente.

FRÁGIL

Por Pedro Du Bois | 3/02/2012 10:24:00 PM em | comentários (0)

Temperado aço
forjado em glória
de batalhas campais

a fragilidade em ser
pessoa avessa
ao estar em paz

grita sua força
desforça o corpo
deforma o ser.

(Pedro Du Bois, inédito)


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