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A casa escuta a voz do dono. Protege
a entonação e o verbo. Palavras dialogam
entre portas e janelas. Versos fogem ao contato
e números se nivelam no cálculo orignal
da construção. Alto e bom som reverbera segredos
e amplifica oráculos. Conta sua história em sucessivas
pinturas e sofre a substituição das aberturas: antigas
companheiras de estanques jornadas: netos e netas
recebidos na ilusão dos dias. A casa fala
sobre as semelhanças entre seus pares.
(Pedro Du Bois, A CONCRETUDE DA CASA)
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