Os primeiros pingos começavam a cair. De tão espessos, pareciam martelar o solo. Em pouco tempo a enxurrada varreu tudo. Em meio ao lamaçal, uma senhora que aparentava ter a vivência de mais de meio século, elevava seus braços de fartas carnes ao céu e, de olhos cheios d’água, agradecia a Deus por ter salvo um pouco do pouco que tinha. Não se deu conta de que a chuva viera do céu.
1 comentários:
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JURA
on
14 de janeiro de 2010 às 10:21
Adoro seus textos....
Esse diálogo, esse "atrito" com a tradição, com a divindade é muito pertinente e bem feita
abraços
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