Abandono a lógica irreversível
das promessas: receio ofender a menor
parte distribuída, o escutar do murmúrio
decomposto em marcos dividindo
o espaço: cada um para um lado, cada
um do seu lado, cada um do lado errado
na lógica abandonada sacio
a fome descomunal dos adjetivos
e os empresto ao vento que os infla
no crime doentio dos silogismos
abandono a lógica racional dos percursos
e guio meu corpo ao abismo de onde olho
abaixo e longe o contato futuro e imediato
na lógica reside o abandono
da mágica apresentada em lona
de circo.
(Pedro Du Bois, inédito)
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