Ela cortava seus cabelos com gilete. Pra amar ela usava unhas, entranhas e dentes. No samba e no terreiro, flutuava. Ela era toda noite. Toda luz. Toda fêmea, na sutileza, no cio e na ferocidade. Ela era toda luta. Mas quando foi pra se matar, ficou esperando quieta a morte chegar. Esperou toda sua vida escorrer.
1 comentários:
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Eryck Magalhães
on
23 de dezembro de 2011 às 12:51
Jura, cada vez mais você me convence que sua prosa flui com a naturalidade e a beleza de um rio. Parabéns, texto maravilhoso.
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