Fica no consumir da hora:
o crepúsculo oculta o dia
o reverso ensandece a morte
e refaz o líquido enregelado.
Cultiva a terra em secas
debate a estrada em trechos
impede a revoada dos pássaros
por onde atravessa.
Acolhe a luz em raios
aguarda a escuridão em ondas
imaginárias de mares em movimento.
Coleciona o valor do brilho
no desdizer da farsa
no engalanar a festa
com que o tempo se alimenta.
Reconhece no canto a trava
realinha a família na crise
e no debate com que se avivam
memórias de sobrevivências.
(Pedro Du Bois, inédito)
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