Pariu. Lindo bebê cheirando a sangue fresco, perfeito em todas as suas partes, a vida em sua plenitude. Para ela, o lindo bebê era apenas a extensão de um falo sem nome que, contra a sua vontade, penetrou-a com ímpetos de violência em uma noite sem lua, sem estrelas e sem amor.
Olhava para a criança mas não via criança, via apenas uma bola de fogo, a mesma que sentiu sair de dentro de si. O que restava do falo, finalmente fora do seu corpo. Deixou-o ali, no mato. Houvesse anjo da guarda, a história teria um final feliz.
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