Taraxacum officinalis

Por Eryck Magalhães | 7/29/2013 06:46:00 AM em | comentários (0)


Como sementes de taraxacum officinalis
que apesar de enraizadas a terra
- já que a ela todos pertencemos,
homens, animais e plantas -
estamos à mercê

do vento.

OLHOS

Por Pedro Du Bois | 7/26/2013 02:22:00 PM em | comentários (0)

Nos olhos repouso
o fundo me guarda
tal cisco lacrimejante

estou em seus olhos
e o momento da contração
contrafaz a imagem
onde me colorizo
em prismas diversos.

(Pedro Du Bois, inédito)

O voo do poema

Por Eryck Magalhães | 7/19/2013 10:19:00 AM em | comentários (0)


Escrevia poemas
e atirava-os pela janela
                                       ao vento
para que ele os levasse aonde quisesse
não concebia a ideia
de ver versos
    - presos -
dentro de um livro.

Poesia aspira à liberdade
por isso a cada poema acabado
uma folha de papel voava pela janela.

Nunca se importava
o poeta
onde o poema ia dar
ou quem iria lê-lo
ou até mesmo
se alguém iria lê-lo
talvez ficasse ali
no meio-fio
esquecido
até que uma chuva o levasse bueiro a dentro
ou fosse atropelado por um carro
ou virasse bola na mão de uma criança
papel higiênico nas mãos de um mendigo
o que quer que fosse.

O mais importante era sempre o voo
do poema.

PALAVRA

Por Pedro Du Bois | 7/18/2013 02:43:00 PM em | comentários (0)

Na palavra
oco som
repetido

serve aos bandidos
         aos soldados
aos amigos
aos santos

a palavra aumenta a fúria
da tempestade e faz rugir
o medo da seriedade

na palavra
o som
repetido

serve de acolhida
na entrada

como loucura
e noite.

(Pedro Du Bois, inédito)

SÓIS

Por Pedro Du Bois | 7/12/2013 11:40:00 AM em | comentários (0)

Somos apenas chapéus
sobre as cabeças
poderíamos ser sóis
secando a grama

na proteção
o ataque
com que a defesa
parte o destino

o chapéu e a cabeça
protegem do frio
o calor dos meninos

os sóis fazem sua parte
e se mostram longe
ao contato.

(Pedro Du Bois, inédito)

ÁGUA

Por Pedro Du Bois | 7/05/2013 09:52:00 PM em | comentários (0)

Da boa água
os patos
     distantes
     não se interessam

flutuo na queda
(olhos abertos)
      minhas mãos imitam
      movimentos

      estou calado

longe
nuvens cobrem
as luzes

patos passeiam indiferentes
alimentados e fartos

ofertado
cedo ao impulso
             meu corpo desce
sob a superfície do encontro
           
o barulho dos patos
é a minha ausência.

(Pedro Du Bois, inédito)


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