para onde
pende
o corpo
na queda
abaixo dizem
ao alto acenam
no planeta solto
disposto
no vazio
o corpo segue o impulso
que o puxa
ao centro
concêntrico
das esperas
(Pedro Du Bois, inédito)
nas coisas miúdas
amiúda o destino
da próxima viagem
não completa a jornada
na insistência em que o dever
se coloca amiudado
repele o senso comum
e se fantasia em passados
nas caixas vazias guarda a tormenta
sobre a terra
aterra seus pecados
em horas atravessadas
ventos refazem caminhos
escondidos em passagens.
(Pedro Du Bois, inédito)
Do entendimento
guarda a dor
com que sofria
o certo antevisto
no passar das horas
inconclusas dos ensinamentos
você e seu tempo
perdido em estudos
inúteis aos descobrimentos
a esterilidade da matéria
decorada em cálculos
de línguas balbuciadas
enquanto
entendimentos livres
aguardavam o recreio.
(Pedro Du Bois, inédito)
escolhe o trajeto
das prisões
condenadas
ao esquecimento
não
diz sua mãe
no começo
não
diz seu pai
no intervalo
refaz o trajeto
fossem prisões abertas
aos pássaros
e aos mágicos
prisões mitificam laços
apertados nos mesmos pescoços.
(Pedro Du Bois, inédito)