Há algumas coisas interessantes nesse nosso mundão, uma delas é o que caracterizamos útil ou inútil, prefiro a definição da segunda: (1 Que não é útil, que não tem préstimo (despesa inútil); DESNECESSÁRIO. 2 Infrutífero, estéril, vão (esforço inútil). 3 Que nada faz ou produz (diz-se de pessoa); IMPRESTÁVEL.) do Aulete digital.
Quando criança nunca fui um aluno brilhante, sempre fui, assim, seis ou sete, a matemática, química ou física, que me diziam ser útil, para mim, era inútil, mas sempre fui de ler bastante, principalmente, livros infanto-juvenis (aquela série Vaga-lume, até a minha época li todos, menos os que eram do Xisto que eu odiava) e romances policiais: Agatha Christie e Sir Arthur Conan Doyle (o autor de Sherlock Holmes), quadrinhos do Batman, Super-Homem, Homem Aranha e revistas sobre Ufos, tudo isso seria considerado inútil sob um manto de cultura clássica, se posso assim dizer.
Depois que cresci adquiri novos hábitos, como ler alta literatura e escutar boa música, à medida que minha biblioteca e minha discoteca, na época eram os Lp´s, iam crescendo, minha mãe falava que eu só gastava dinheiro com bobeiras, ou seja, coisas inúteis. Percebo que minhas raízes culturais foram fincadas ali, quando preciso de uma referência geralmente é de algo que tive contato nessa fase, lógico que isso não é regra, mas tenho certeza que se não tivesse lido o que li, escutado o que escutei não teria as ideias, as opiniões que tenho e, principalmente, não seria o que sou hoje.
Talvez ainda não saiba diferenciar o útil do inútil, mas sei o me que foi e é útil, foi e é considerado inútil para muitas pessoas e que hoje não troco o meu inútil e o meu útil por nada, ainda mais sabendo que o meu inútil é útil.
O inútil útil
Por Fabiano Fernandes Garcez | 8/26/2009 05:43:00 PM em Crônicas, Fabiano Fernandes Garcez, São Paulo |
0 comentários:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postar um comentário