Nas horas com que pinto
traços escondo escombros
preso ao traçado abomino mensagens
na realização da idealização dos laços
com a mão com que aciono cadafalsos
escondo as sombras dos sábados
no altar ofereço a voz do sacerdote
desmoronado sob escombros
com as formas com que me deformo
retoco a imagem ilusória da vivenda
dou ao estertor o nojo da batalha
recolhido na mortalha onde escondo
o ricto infeliz da face: farsa com que
me acostumo em ruas intransitáveis
o reboco sobre letras grafitadas
encobrem o final do capítulo
deposto em armas esquecidas
na futilidade inútil do caminho.
(Pedro Du Bois, inédito)
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