Liquido as imagens do ano findo:
afundo lembranças
desacostumo os olhos
em espelhos refletores
a rotação traz a permanência
e redundâncias: o que faço
e sou enquanto a velocidade
constante me imobiliza
revido ao gesto de desdém.
Sou na civilidade o ocaso
inverso do sucesso: predominância
dos dias alternados na velocidade
da saudade
na certeza de que após o fim
recomeça a imagem desgastada
ao passar pelo tempo. Anos iniciados
em vozes geram esperas de novos temas.
Lembranças decompostadas aos meios
e aos fins
que o fim é começo eternizado.
(Pedro Du Bois, inédito)
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