Mantenha a luz da manhã
o cedo se faz longo
e o tarde é ouvido
tão longe esteja o fim
no começo o barulho da bigorna
sobre o ferro
quente como batidas
do coração e o pulsar do sangue
o calor da tarde traz a antecipação
da noite fria em medos escuros
não seja o animal arisco
cruzando ruas em desabrigos
de não amores e recantos de saudades
mantenha o chegar da manhã
em que o corpo se apresenta
na espera em que se encontra.
Pedro Du Bois - Itapema/SP (em A LUZ DESPOSSUÍDA)
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