Como cães de outrora
procuro postes na beira das calçadas
para me apoiar e urinar
como corujas piando no escuro
desapareço nas sombras da cidade
com medo de ser policiado
como vendilhões que assaltam
na cobrança de taxas de proteção
pego o que posso com pressa e denodo
dos otários atravessados na minha frente
como meus pais pródigos em conselhos
todas as manhãs me olho no espelho
faço caretas e estudo poses
fortificado e satisfeito saio
e busco no trabalho - de óculos e relógio -
a simplicidade da sobrevivência.
(Pedro Du Bois, OS CÃES QUE LATEM)
1 comentários:
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Tonho França
on
6 de agosto de 2010 às 21:04
Meu caro Pedro, o poema é muito bom.
obrigado meu amigo
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