ASSIDUIDADE

Por Pedro Du Bois | 8/03/2010 12:53:00 PM em |

Como cães de outrora
procuro postes na beira das calçadas
para me apoiar e urinar

como corujas piando no escuro
desapareço nas sombras da cidade
com medo de ser policiado

como vendilhões que assaltam
na cobrança de taxas de proteção
pego o que posso com pressa e denodo
dos otários atravessados na minha frente

como meus pais pródigos em conselhos
todas as manhãs me olho no espelho
faço caretas e estudo poses

fortificado e satisfeito saio
e busco no trabalho - de óculos e relógio -
a simplicidade da sobrevivência.

(Pedro Du Bois, OS CÃES QUE LATEM)

1 comentários:

  1. Tonho França on 6 de agosto de 2010 às 21:04

    Meu caro Pedro, o poema é muito bom.
    obrigado meu amigo

     


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