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Pego o violão
tiro a capa
tiro a poeira
O violão branco
de madeira
Passo a mão em sua cintura
(tem corpo de mulher)
Poso para foto
Por posar
Pois não toco
nunca toquei
Ele sempre me tocou
com seu som
nas tardes de cantoria
nas noites de serenatas que eu assistia
nas manhãs que ele me acordava e eu não queria
Penso em fazer soar suas cordas,
um acorde qualquer,
não faço
Pois não toco
Nunca toquei
O violão já trouxe melodia
alegria e até poesia
Hoje não toca mais Diálogos que ainda restam p.23
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