...
a barganha abrange o sofrimento
e a oração despenca vozes cabisbaixas
de medos e certezas, âmago afogado
de carícias indóceis em mãos úmidas
no sofrimento ultimado das canções
pede ao outro que o represente ao dia
desmerecido dos aplausos e traz nele
o outro e os outros acompanhados
na mesma solidão em que se esconde
e se altera em essência: seus demônios
resplandecem auras e não é mais
você quem está em frente à porta
na saída incômoda com que se sabe
derrotado e inútil naquela hora.
(Pedro Du Bois, O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS, 3, fragmento, Vol. I, Ed. do Autor)
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