SÃO PAULO
Planalto de piratininga,
País dentro de um país,
Túmulo do samba, locomotiva do Brasil
E terra da garoa
Esta é São Paulo
Onde se encontram
O guri, o piá, o garoto e o moleque
Que ficam à toa
São Paulo do pobre paulista
Dos albergues do centro,
Do jardim angela, guianazes,
jardim joamar e jova rural
São Paulo do rico paulista
Da vila Madalena, Pinheiros,
Moema e Avenida Paulista
Símbolo do capital
Os carros da vinte e três
Os prédios da Faria Lima
E os pedestres da Barão
Da galeria do rock
Do largo São Bento
E a Ipiranga com a São João
A noite eu rondo
A cidade iluminada
Tudo posso encontrar
Sempre disseram
Que São Paulo
Nunca pode parar
Ra ta ta tá o metrô
Vai passar e te levar
Do norte ao sul
E de leste ao oeste
Trem, ônibus, táxi,
Motos, helicópteros
E a ponte aérea
na maior capital do nordeste
O punk da periferia
Da Freguesia foi ao Brás
A convite do Ernesto
Faixas, placas e bandeiras
Ruas interditadas
Em dia de protesto
São Paulo das marginais,
Pontes, viadutos,
O elevado e a radial
São Paulo dos marginais
Pedintes na rua
Do bom e o mau policial
Rebelião na Febem
Hospitais lotados
Briga de torcidas
E enchentes
Shoppings, cinemas,
Teatros, shows
E restaurantes
de todos os continentes
Alguma coisa acontece
Em qualquer esquina da cidade
Sou paulistano com felicidade
Assim é o Tom seu Zé
Apesar de todos os defeitos
São Paulo te carrego no peito.
(Poesia se é que há pág. 16)
2 comentários:
-
Diniz.DL
on
27 de janeiro de 2011 às 10:17
Talvez por eu ser paulistano... por amar demais a cidade... Mas este é um de meus favoritos de sua lavra, meu caro.
Excelente poema e, digo sem pudor, uma das mais belas homenagens que já vi à Paulicéia Desvairada.
Parabéns! -
JURA
on
27 de janeiro de 2011 às 10:32
belo poema, compaheiro.
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