Desinteressado das razões
sem perguntar pela inexistência
de sobreviventes, indiferente
ao povo acotovelado ante o sinistro
atravessa o espaço
permitido e se esforça
em recolher
o que pensa
ter serventia
enche a sacola
e a coloca
sobre as costas
o policial não o interpela
nem o prende: passa
incólume entre os destroços
e desaparece na esquina.
(Pedro Du Bois, O COLETOR DE RUÍNAS, 7, Edição do Autor)
1 comentários:
-
Edu
on
13 de fevereiro de 2011 às 20:16
Pedro,
Parabéns por essa pérola. O coletor de ruínas ficou sensacional.É daqueles poemas que causa arrepio.
Abraços,
Eduardo
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