há uma
loba lua
de língua lábil
a lamber
libido-lembranças
no lóbulo
do olvido
há uma
felina dúvida
que arranha
uma ursa sina
que abocanha
uma víbora sanha
assaz
tirana
duvido do bis
do vis-à-vis
da lábia vez
(au
daz)
que ainda uiva
idas luas
insinua
íntimas unhas
crava nu[n]cas
inocula
sua peçonha
façanhas
de um céu insone
sobre insignes
arranha-cios
valéria tarelho
* imagem: Madrugada Interdita , de Carlos Botelho
interlúdio
Por valéria tarelho | 10/18/2010 09:01:00 AM em Poesia, São José dos Campos, Valéria Tarelho |
3 comentários:
-
Eryck Magalhães
on
18 de outubro de 2010 às 20:54
Maravilhosas as aliterações de seus versos, elas dão ritmo e beleza ao seu poema!
Parabéns! -
valéria tarelho
on
19 de outubro de 2010 às 07:39
Olá, Eryck, obrigada pela leitura/comentário :)
Abraço,
V -
danilo
on
23 de outubro de 2010 às 11:17
valeria,
conheci teu trabalho pelo blog da nina-
achei fantástico!
abraços
Danilo.
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